O EGITO ANTIGO

    São do nordeste de África as ruínas mais espetaculares que sobraram do mundo urbanizado mais antigo que o ocidente conheceu. A igualmente antiga escrita hierográfica, pintada e gravada em pedra a milhares de anos e sendo sempre admirada por quem tem o privilégio de as conhecê-las presencialmente. 

    Palco da revolução neolítica, o vale do rio Nilo presenciou o surgimento da propriedade privada e do Estado com o advento da agricultura com produção de excedente que dependia da irrigação com aproveitamento e controle do fenômeno natural das cheias anuais que caracterizavam a dinâmica pluvial da região. 

    Da unificação política das cidades e aldeias da região da foz do Rio, em forma de Delta, no Mar Mediterrâneo, e das povoações do alto Nilo até o limite de sua primeira catarata (atual represa de Assuã), surgiu o Egito Antigo. Não é possível falar do Egito antigo e não falar do rio Nilo e vice versa, ainda que esse grande rio, considerado por muito tempo o maior do mundo, banhe atualmente pelo menos 10 países, é na parte mais ao norte, onde surgiu o Egito que a maior quantidade de sedimentos transportadas por suas águas se depositam em benefício da agricultura.

    O controle das águas das cheias por meio de inúmeras obras hidráulicas como diques e barragens (além de canais) é processo bastante conhecido e estudado a muito tempo. Diversas cenas, que a representam a construção dessas enormes obras, nos foram deixadas nas pinturas e relevos murais das construções egípcias antigas. A chamada hipótese causal hidráulica é a mais antiga explicação para o surgimento do Estado naquela região.

    Como em todas as sociedades da antiguidade, apesar de organizarem grandes cidades, os camponeses constituiam a maioria absoluta da população e, portanto, eram a base da mão-de-obra que sustentou um Império milenar, nesse caso, o mais duradouro da história. A religião penetrava em todos os aspectos da vida cotidiana egípcia e na agricultura não poderia ser diferente. Todo ano os sacerdotes realizavam cerimonias para garantir a chegada da inundação. O faraó, chefe da classe de sacerdotes, agradecia solenemente a colheita abundante às divindades adequadas. Seus escribas, mensuradores, empregados e soldados, logo que a colheita era realizada, apareciam para cobrar o tributo. Mediam inicialmente os campos e a seguir a quantidade de grãos. Calculavam com exatidão o que cada camponês deveria entregar em forma de tributo aos funcionários reais. 

    A imensa população camponesa, pagava tributos considerados sagrados para o Governo que os cobrava também em trabalho para a realização de grandes obras públicas. Esses camponeses viviam em condição de servidão ao Estado e conviviam naturalmente com escravos e outras formas de trabalhos análogas a escravidão. 

    O cereal era armazenado em grandes celeiros construídos dentro de áreas cercadas por altas muralhas. Com seu formato arredondado, os silos eram cuidadosamente rebocados internamente e caiados de branco por fora. O trabalho de produção, armazenamento e gerenciamento de um grande excedente de produção agrícola, era uma atividade central de uma sociedade que se fez tão grande e duradoura quanto seus monumentos.

    Também não podemos falar de Egito sem mencionarmos as pirâmides. Se bem que muitos povos antigos tenham construídos pirâmides, os núbios vizinhos ao sul do Egito, por exemplo, foram o povo antigo que mais construiram pirâmides. As pirâmides egípicias, no entanto, são as mais antigas e as maiores do mundo. A grande pirâmide de Queóps (ou Khufu) desde sua fundação, por volta de 2600 a.C., com seus 160 metros de altura (aproximados) foi a mais alta construção humana, sendo superada definitivamente somente em 1889 com a inauguração da torre Eiffel em Paris.

2 comentários:

  1. 1- Descreva uma obra de interesse público realizada por um antigo Faraó:

    *Máscara funerária de Tutancâmon*
    é a máscara mortuária da XVIII dinastia egípcia do Faraó Tutancâmon do Antigo Egito. Foi descoberta por Howard Carter em 1925 no túmulo KV62 e atualmente está exposta no Museu Egípcio no Cairo. A máscara é uma das mais conhecidas obras de arte do mundo.

    Comente a Frase:
    A História começou no Egito Antigo porque lá se inventou a escrita.

    Em linhas gerais, os egípcios desenvolveram três sistemas de escritas diferentes entre si. A primeira e mais importante delas é a hieroglífica, que era estritamente utilizada para a impressão de mensagens em túmulos e templos. Logo em seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da hieroglífica, e a demótica, utilizada para escritos de menor importância.

    Nome : Miriã Alves Pereira
    Turma : 102

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