DE CIDADES A IMPÉRIOS

Por vários motivos entre as quais, boas decisões administrativas, ou simplesmente por sorte (entendida frequentemente pelos povos antigo como sinal de proteção divina), algumas cidades tiveram um desenvolvimento mais próspero que outras e conseguiram aprimorar suas atividades econômicas com a disponibilidade de muita força de trabalho promovida pelo aumento da população. Quanto maior a população de uma cidade, maior era seu exército. Um exército numeroso, bem treinado e bem equipado com a produção de outros trabalhadores especializados, era condição não só para o sucesso e progresso das cidades-estado, mas também para sua sobrevivência soberana.

Um bom exército era imperioso na defesa e no controle do excedente de produção agrícola armazenado dentro das muralhas das cidades, onde surgiu uma nova forma de tratamento aos vencidos em batalhas, a escravidão. O tratamento mais antigo para os derrotados em conflitos era a morte. Entre muitas culturas antigas eram comuns a execução de prisioneiros realizadas em meio a rituais religiosos. Essa atitude com os vencidos foi observada até mesmo em culturas urbanizadas. Os Assírios, por exemplo, que viveram na Mesopotâmia, ficaram conhecidos (e temidos) pelas formas cruéis de execução que reservavam a seus inimigos. Mas poupar vidas em troca de trabalho tornou-se aos poucos a regra nas mais antigas cidades.

A escravização dos inimigos garantia mais força de trabalho para ser empregada em diversas tarefas que impulsionavam a economia das cidades ao mesmo tempo que liberava mais homens para as fileiras do exército na medida que os substituiam no trabalho produtivo. Aos poucos a aquisição de escravos, mediante conflitos intencionalmente provocados com esse fim, tornou-se uma prática corriqueira assim como o comércio dos capturados.

Da defesa o exército passou ao ataque. Aldeias e cidades próximas eram alvos dessas investidas que forneciam mão de obra na forma de escravidão mas também na forma de servidão já empregada dentro dos limites da cidade e da autoridade de seu governo que mantinha-se com a cobrança de tributos na forma de trabalho.

Não só pela ação direta de um ataque por parte de um grande exército, mas pela ameaça dessa possibilidade devastadora, os governantes de uma cidade expandiam seu poder, dominando outras cidades. Dominar significava impor sua lei e cobrar tributos em espécie e em trabalho. Assim surgiram os Impérios: quando o governo de uma cidade passou a se impor sobre outras. O Estado assumiu assim uma forma expansionista, sem fronteiras fixas, elas estavam sempre em movimento, na direção de outras cidades e outros povos. A tendência expansionista dos impérios só era freada quando esbarrava na direção contrária da expansão de outro império.

A história dos impérios antigos é uma história de guerras, que demarcava sucessões no controle político de algumas cidades sobre outras. A cidade que estava no controle era a capital, a sede onde residia o monarca que concentrava todos os poderes do Estado.

 

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13 comentários:

Anônimo disse...

Lucas B. / 301
Antigamente, era tudo bem organizado. As cidades tinham boas economias, boa mão de obra, um exército para defesa, etc... Mas de um tempo pro outro, começou uma disputa de qual cidade era melhor, assim começaram as invasões, escravidão, exército focando no ataque e não na defesa. Tudo isso gerando o tal "Império", uma época vergonhosa que mostrava como o ser humano era e é até hoje ganancioso.

Anônimo disse...

Analice Dutra - 301

É interessante comparar esse texto com o primeiro, quando os humanos eram simplesmente animais que viviam na África, pois agora o cenário histórico é totalmente diferente. Para sobreviver, aqui, é mais relevante ter poder e dominar, ser a autoridade. Além de que as condições de sobrevivência são injustas, pois não são todos animais, agora temos impérios e escravos.
Portando, pode-se observar com clareza as transições, processos, e também os interesses, já que não é apenas garantir o alimento e ficar vivo.
A humanidade evoluiu e mudou bastante até aqui, tanto em expansões quanto em domínio.

Anônimo disse...

Davi da Silva Menezes Turma:101 a humanidade e evoluiu desde de nômades até cidades depois impérios até chegar em nosso mundo globalizado que temos hoje

Brendha Ferrari disse...

Primeiramente os humanos só se preocupavam em sobreviver ajudar uns aos outros, e depois já estavam tomando posse, executando e escravizando uns aos outros.
Brendha Ferrari -TURMA 301

Beatriz Lopes Licht disse...

Quando tudo começou os humanos se ajudavam, caçavam juntos para ter alimentos, eram mais unidos. Depois de um tempo a posse por mais comida, território, fez com que os humanos começassem a escravizar uns aos outros não se importando mais em ajudar e sim obter mais e mais coisas.
NOME: Beatriz Lopes Licht T:301

Ana Paula Uberti disse...

Ana Paula Uberti-301
O texto fala das mudanças que ocorreram com o aparecimento das cidades, algumas cresceram tanto que deram origem a impérios. Na medida em que ocorreram essas transformações sugiram muitos conflitos que resultaram em guerras, mortes e escravidão. Se no princípio havia uma organização baseada na solidariedade e cooperação ela acabou se perdendo. A história da humanidade foi e continua sendo, infelizmente, a história da ganância, da dominação e exploração de um povo sobre outro.

Anônimo disse...

Mell Santos de Campos, 101

A exploração, escravidão e massacre de um povo sobre outro contrasta gritantemente com o primeiro texto, onde havia união e solidariedade. Infelizmente, essas coisas ruins perduram até hoje, de formas mais sutis e com muita manipulação para não parecer nada.
Se quiséssemos mudar a forma como vivemos hoje, teríamos que renunciar a estrutura na qual nossa sociedade foi construída e criar uma nova, sem os preconceitos e limitações que as explorações de nossos antepassados criaram.

Tatiele disse...

Antigamente, nas cidades havia boas economias, mão de obra, um exército para sua defesa..Mas depois de um tempo as cidades começaram a disputar por qual cidade era melhor, com isso começou as invasões, escravidão, etc. Depois de tudo isso foi gerado o “império “ e o ser humano foi demonstrado como cobiçoso. TATIELE T. PRASS 301

Unknown disse...

Claiton Giovane Turma 301
Desde sua antiguidade o ser humano sempre buscou o que era melhor para si e seus semelhantes próximos, sem se preocupar com os demais, a época das cidades-estado foi apenas uma demonstração do que existem também nos dias atuais, a escravidão começou nessa época? Acredito que desde os primórdios existe isso, e nunca deixará de existir por completo, o ser humano tende a ser alguém egocêntrico que pensa somente em si próprio e seu bem estar, sem se importar com o que precisará ser feito ou sacrificado para isso.

Eduardo Miranda Corrêa T 105 disse...

Antigamente as pessoas eram unidas em um unico objetivo, sobreviver e evoluir juntas , mas ficaram mais gananciosas , e começaram a competir em quem tinha as melhores coisas. Eduardo Miranda T105

Chris disse...

O desejo humano de dominar, conquistar e demonstrar força se origina principalmente pela sede de poder, desde o primórdio das primeiras sociedades, o indivíduo de mais alto poder procurava território, não pelo seu povo, mas como um símbolo de status.
O uso de métodos de execução brutais e a falta de misericórdia com as vítimas era essencial para intimidar qualquer um que se mostrasse um obstáculo no meio da procura de poder absoluto pelos imperadores.
Infelizmente isso se reproduz até durante os dias atuais, com a mentalidade de que um país sem força militar ou atitudes hostis diante de outros se torna um alvo extremamente fácil para a exploração.
Christian Rodrigues
T: 301

Unknown disse...

Jade iasmin prestes da Silva
Turma 203
Antigamente os sereshseres pensavam mais no próximo e pensavam em sobreviver em grupos , depois ficaram mais egoístas e pensando só em si próprio .

Anônimo disse...

Estela Fernandes. T201

As cidades no passado eram mais humanas, conforme foi aumentando a população, passou a ter mais produção e consequentemente um povo mais desumano, tudo por causa da ganância de uns que queriam dominar outras comunidades, que cada vez mais aumentavam seus exércitos, que passaram a serem somente para defesa, partindo para o ataque, tudo por causa da ganância do homem.