QUEM INVENTOU O TRABALHO?

cena do clássico "tempos modernos"

“Quem inventou o trabalho não tinha nada para fazer” dizia resignado o camponês enquanto pegava sua enxada e dirigia-se, sob um sol ardente, para sua lida na roça. Paralelamente a isso, o professor liga seu computador e inicia contrariado a elaboração de um texto avaliativo para aplicar a sua classe. Estamos falando de dois tipos distintos de trabalho: o trabalho físico e o trabalho intelectual, ambos complementares e indispensáveis para a existência humana. Em suas múltiplas facetas o trabalho é uma necessidade.


    É inconcebível que a humanidade possa existir sem trabalho. Compreender o trabalho é pré-requisito para compreender a própria personalidade humana. Mas ao longo da história, homens e mulheres lutaram por tanto tempo contra formas de trabalho compulsório que chegou a se perder a noção de que se não trabalharmos não poderíamos nem existir enquanto homens e mulheres.

    Historicamente avanços técnicos e tecnológicos foram responsáveis por processos amplos de mudança nos sistemas de produção e afetaram a estruturação das sociedades e consequentemente a forma de vida das pessoas. Dois exemplos contundentes dessa afirmação são justamente a revolução agrícola, responsável pelo início da sedentarização humana e as revoluções industriais que modificaram tanto as formas de trabalho quanto as relações sociais.

    Hoje vivemos um momento em que dois aspectos da evolução do trabalho se encontram: por um lado a evolução tecnológica que eliminou muitas das formas de como se trabalhava antigamente e por outro lado uma consolidação da luta contra as formas de trabalho fatigantes.

Nesse momento é preciso reafirmar que as pessoas precisam trabalhar, mas não trabalhar como antigamente. Não podemos ir adiante a menos que acreditemos que existem razões humanas para trabalhar. No estágio em que vivemos precisamos mobilizar preocupações, aspirações, esforços, esperanças, receios e frustrações para aprimorarmos o trabalho e adaptá-lo à imperiosa construção de um mundo melhor.

    É comum ouvirmos pessoas defendendo a ideia de que o sucesso de cada um depende de seu esforço individual, mas não podemos nos esquecer que há muitos fatores sociais que interferem em nosso desenvolvimento pessoal. Enquanto vivemos a precarização de alguns tipos de trabalho, o que gera angústia, principalmente em quem depende da venda de seu trabalho para ganhar seu sustento, precisamos nos ater a perguntas que ajudem a diagnosticar nossas verdadeiras necessidades. 


Questão para os comentários:
O texto aponta duas formas de conceber o trabalho. Quais são essas formas? Cite exemplos que se vinculem a cada uma delas.

Um comentário:

  1. É inconcebível que a humanidade possa existir sem trabalho. Compreender o trabalho é pré-requisito para compreender a própria personalidade humana. Mas ao longo da história, homens e mulheres lutaram por tanto tempo contra formas de trabalho compulsório que chegou a se perder a noção de que se não trabalharmos não poderíamos nem existir enquanto homens e mulheres.

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