A campanha institucional da empresa RBS suscita uma questão que merece um pouco de atenção. As notícias misturam-se a propaganda da grande mídia colocando em evidência a questão da Educação.
Educação é o centro estratégico, tanto dentro de um plano de desenvolvimento para o país, quanto dentro do discurso político de todos os governos que tem nos governado desde que somos brasil.
Mas qualquer elaboração teórica deve partir da realidade e os professores estaduais que nos seu fazer pedagógico diário fazem a educação pública nesse estado, conhecem e vivenciam uma realidade diferente da mostrada na propaganda oficial.
O Piso Salarial Profissional Nacional para os professores, instituído em lei federal 11.738 de 2008 e que hoje é de 1.567,00 para uma jornada de trabalho de “no máximo 40 horas semanais”, não é cumprido pelo atual governo estadual (Tarso), que fixa o vencimento inicial no plano de carreira dos professores do estado em míseros R$ 488,51 para 20 horas (totalizando R$ 997,00 para 40 horas). O descumprimento dessa lei leva os professores em massa ao
judiciário estadual, enchendo as já “travadas e entupidas” varas dos fóruns
gaúchos de processos contra o estado.
Essa é a principal
queixa dos professores da rede pública estadual. É uma queixa que instiga
tantas outras e que se somam a inquietação com as propagandas caras,bem produzidas e não tão bem intencionadas, que com
meias verdades escondem a realidade da desvalorização profissional dos
professores no Brasil e em especial no Rio Grande do Sul, estado este que já teve o
orgulho de “ser a melhor educação do
Brasil” e que hoje apresenta péssimo desempenho nas avaliações do governo federal. Da mesma forma nnos resignam o fato de termos o salário básico mais baixo de todos os demais estados da nossa federação.
Os salários pagos aos professores são os mais baixos salários pagos a
profissionais com formação de nível superior. Essa questão é fundamental de ser levantada quando falamos a sério de Educação,
Além de esperar o resultado de uma justiça lenta, morosa e
com aspectos de cansada, os professores apelam a mais antiga forma de luta dos
trabalhadores para protestar:
A GREVE dos professores.
Quem conhece a educação tem respostas e sabe que para superarmos os problemas, muito mais do que discursos políticos e filosóficos nossa educação precisa de atitude. Precisa de novas práticas governamentais que supere os problemas que já diagnosticamos com políticas públicas concretas e não com campanhas demagógicas nos meios de comunicação.
Educação precisa de orçamento como toda as políticas públicas. E como não se faz educação sem trabalhadores em educação, a valorização desses profissionais via salarial é a resposta que aguardamos.
Professor Fábio Freitas.