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Escavaçoes arqueológicas são a base desses estudos |
AS PRIMEIRAS CIDADES
O Dia Internacional da Mulher
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Clara Zetkin |
Por vezes, professores de história são uns chatos. Conhecer a história nos faz conhecer as razões de muitas de nossas práticas cotidianas que às vezes passam desapercebidas a olhares superficiais. O dia Internacional das mulheres é um exemplo disso. Nesse dia de homenagens e de elogios rasgados, dedicados a parte feminina do nosso mundo, não podemos deixar de relembrar o porquê da realização desse dia e para fazer jus a ele é impossível escapar de uma pequena reflexão. Aliás, os professores de história sabem que as datas comemorativas tem acima de tudo essa função de provocar reflexões.
Talvez apenas o Carnaval seja uma data a ser apenas festejada sem a necessidade de fazermos uma pausa para pensar sobre algum aspecto da nossa realidade, embora também possamos fazer algumas análises e ponderações sobre essa festa popular, mesmo que elas não sejam exatamente necessárias. E assim mantemos nossa postura um tanto quanto chata.
Anita Garibalde
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Estátua na Itália |
Laguna que fica atualmente no Estado de Santa Catarina, foi o marco do antigo Tratado de Tordesilhas e o local de nascimento de um dos maiores vultos femininos da históra do Brasil. Uma mulher de luta, de muitas lutas e batalhas nos dois hemisférios desse planeta, onde deixou legados de conquistas e vitórias.
Em 1839, com dezoito anos de idade, rompeu o casamento, enquanto seu ex-marido alistou-se nas forças do Império ela tomou outro partido e pegou em armas ao lado das tropas farroupilhas. Anita calçou botas por baixo do vestido e pegou em armas para lutar por liberdade.
Participou das batalhas navais e dos momentos mais críticos da guerra civil instaurada no sul do Brasil com a revolta dos "farrapos," e suas ideias liberais e republicanas que ameaçavam romper com a unidade política do Império Monárquico brasileiro. Antes do derradeiro Tratado do Ponche Verde que celebrou o fim dessa que foi a maior guerra civil do Brasil, Anita refugiou-se na não menos tensa banda oriental do Uruguai antes de rumar para a Velha Itália onde passou seus últimos momentos de vida e de envolvimento político e militar nas lutas nacionalistas do século XIX. Anita morreu jovem, não conseguiu completar 28 anos, mas sua curta existência deixou filhos e frutos. Mulher, mãe e lutadora Anita foi uma revolucionária que protagonizou as lutas nacionalistas que inspiram toda luta da classe trabalhadora contra a opressão do capital e dos patrões.