GREVE CONTRA A CRISE



O Estado de Greve do CPERS/Sindicato que no início do ano letivo marcou posição firme, decidida e contrária as políticas neoliberais do governo Sartori, foi um passo importante para a realização de uma das maiores mobilizações de trabalhadores contra a exploração do capital nos últimos anos em nosso país e foi o início da construção da proposta de GREVE GERAL UNIFICADA, aprovada dia 18 de agosto numa Assembleia que lotou como a anos não acontecia  o Ginásio Gigantinho. A insatisfação e a vontade de dizer um basta aos ataques do governador contra os direitos dos professores, dos funcionários de escola e do conjunto dos demais servidores públicos do Estado, era tanta que o gigantinho ficou pequeno.  Atendendo ao chamado dessa Assembleia, 95% das escolas de todo o Estado paralisaram suas atividades, adesão como a anos não se via. Durante os dias 19, 20 e 21 de agosto, com manifestações e atos por todo o estado, o governo não deu trégua aos servidores. As ameaças e o terrorismo são uma constante desse governo e tão logo foi deflagrado o movimento Sartori através de pronunciamentos na imprensa anunciou o corte de ponto, atitude que sabemos ilegal mas que da mesma maneira sabemos que funciona como mecanismo de pressão que nesse caso tornou-se insuficiente.  A Greve deflagrada e acatada por outras 43 entidades representativas de servidores do executivo estadual, por tempo determinado, marcou o enfrentamento e a disposição de luta dos trabalhadores, entrou para a história como um simbolo da retomada de luta dos trabalhadores do estado do RS, marcou uma importante vitória do momento sindical brasileiro, especificamente gaúcho, num momento especial da conjuntura política e econômica internacional.
A crise da concentração capitalista na Europa é o cenário mais aterrorizante para o futuro de nosso país frente ao avanço da direita e suas políticas em nível nacional. O Governo do PMDB no Rio Grande do Sul nega-se a combater o crime da sonegação e aliá-se aos criminosos, nega-se a cumprir a lei do piso profissional salarial dos professores e propõe um pacote de leis que retiram direitos dos servidores públicos precarizando os serviços prestados pelos estado. PMDB, PSDB, DEM, PP e setores de outros partidos tradicionais da política brasileira, representativos da direita, são unidos na defesa do projeto burguês neoliberal que não atende as necessidades do povo oprimido, dos proletários assalariados ou desempregados. As classes trabalhadoras através de seus instrumentos de luta, seus sindicatos, partidos, associações, sempre lutaram por melhores condições de vida e trabalho, disputaram projetos governamentais, verbas e investimento e reconhecemos nesses partidos tradicionais os nossos principais inimigos.
É preciso esclarecer aos nossos colegas e a toda a sociedade que o ajuste fiscal proposto pelo governo Sartori e seus aliados (nossos inimigos), apoiados pela agenda 2020 e pela grande mídia, está implantando o Estado mínimo e com isso penalizando os servidores públicos e sucateando os serviços essenciais do Estado, o que prejudica a população que precisa de serviços públicos de qualidade. Também é preciso fazer o chamamento dos movimentos sociais para que defendam as bandeiras dos servidores e a causa da população mais carente, usuária dos serviços públicos e atacada por esse governo que não enfrenta os problemas estruturais das finanças públicas e trabalha para criar uma crise que só vai servir para a manutenção da lógica perversa da concentração de riqueza do mundo do capital.
Nossa unidade e mobilização continuará para enfrentar esse governo que não nos respeita e que nos nega direitos adquiridos. Força e coragem para que não baixemos a cabeça e para que possamos fazer nossas vozes serem ouvidas. O barulho de nossas sinetas não poderão ser ignoradas.


Professor Fábio Freitas

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