Lição de cidadania durante a GREVE NA EDUCAÇÃO
A educação pública pede atenção. Em marcha acelerada vemos um projeto governamental que ameaça as conquistas históricas do nosso povo. Sim porque educação pública é acima de tudo uma conquista. Sempre insisto nisso para meus alunos: Escola é um local de conquista. Escola nem sempre existiu e as oportunidades que essas novas gerações podem usufruir agora, foram sistematicamente negadas as gerações de seus ancestrais que muito precisaram fazer para garantir o que temos hoje. Como todos os direitos que garantimos através da mobilização e da ação social, a educação pública é resultante da luta do nosso povo por melhores condições de vida e de trabalho. O que temos hoje, sob ameaça, não foi o resultado de projetos benevolentes de generosos governos que espontaneamente resolveram investir na formação humanizadora de cidadãos conscientes e melhores capacitados para a vida em sociedade. A educação que vemos ameaçada hoje é resultado das reivindicações e das pressões que nossos antepassados realizaram buscando um futuro mais promissor e uma forma de vida melhor para todos. Hoje o Governo do Estado trata essas conquistas como “despesas” que precisam ser cortadas para garantir o financiamento de uma política econômica que gasta metade do dinheiro público arrecadado com as mais altas cargas tributárias do planeta com o pagamento de juros da chamada dívida pública que garante o lucro imoral de uma pequena elite de especuladores. Em nome da “austeridade fiscal” o Governo do Estado aumenta impostos, congela os salários dos professores e na prática propõe a redução desses valores na medida em que tenta aumentar os descontos e reduzir as vantagens dos nossos contracheques. Enxergar, intender e questionar tudo isso é fácil, difícil é fazer alguma coisa e barrar o projeto em andamento, mas nunca foi fácil. A Greve não é fácil, mas é necessária, é uma reação extrema de quem precisa reagir e denunciar o que está acontecendo. É muito fácil falar e criticar os governos, falar das leis que não são cumpridas, do judiciário que não garante justiça e da impunidade. Difícil mesmo é mudar esse quadro, mas nunca foi fácil. Não sei quando essa luta terminará, não sei que derrotas teremos que suportar, mas que as gerações futuras possam aproveitar as vitórias que obtivermos e dar seguimento a luta por um Brasil e por um mundo onde educação seja uma prioridade e não uma despesa.
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