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Debater o futuro da escola é debater os rumos da educação e discutir e por a prova o próprio projeto político pedagógico da escola e sua relação com a conjuntura nacional, regional até chegar ao local. Nossa realidade tem que ser entendida e tratada em suas semelhanças e diferenças em relação a cada escola em cada canto desse Brasil. As escolas brasileiras prestam importantes serviços públicos oferecidos pelo governo a população. São importantes referências nas comunidades que a vizinham, atendendo de várias maneiras um público a que oferece para além das atividades de ensino, programas e atividades extraclasse que marcam a vida social e política de gerações. A escola que eu quero não é diferente disso, mas tem que sempre tentar ir além disso.
Os parâmetros curriculares nacionais dão flexibilidade aos currículos de cada escola mas as políticas governamentais engessam essa premissa e padronizam nacionalmente regulamentando a administração e gestão democrática, por vezes gerando burocracia e desperdício. O que vemos hoje no governo do estado gaúcho é o simples sucateamento e abandono das escolas e o descompromisso cada vez maior com o financiamento da educação que se torna cada vez mais uma mercadoria atrativa para o setor privado. O salário básico do professor do Estado do Rio Grande do Sul hoje é o mais baixo do país. Nossas escolas necessitam de mais profissionais Assistentes Sociais, Psicólogos e porque não jardineiros, zeladores...
Nesse debate existem os que pensam que o gestor das escolas dos estados federativos da União deveriam ser cargos de carreira do funcionalismo público estadual e para isso concursados e é claro com direito a plano de carreira. O que não me parece uma tão má ideia assim frente a outras propostas que defendem a volta ao passado com a simples indicação do cargo de diretor de escola pelo poder executivo que o sustenta.
A nossa realidade é de democracia. Quero e luto para que assim continue. Penso que a direção escolar necessita pensar o macro, estar inserida dentro do contexto nacional, tomando lado no debate e nas disputas maiores, na luta pela valorização do profissional da educação básica, na luta constante pela melhoria das condições de vida e trabalho de toda a comunidade que a envolve. Direção tem que zelar pela democracia, da mesma maneira que zela pelo patrimônio e pelo bom funcionamento da instituição.
Penso que é dever de uma boa direção manter um diálogo aberto com professores, funcionários, alunos e pais, garantir o direcionamento do projeto pedagógico da escola para o atendimento das necessidades dos nossos alunos. Entendo da necessidade de articular capacidade administrativa, pedagógica, de recursos humanos e política para o bom funcionamento de uma instituição pública tão importante como a escola. A abertura e sensibilidade às demandas da comunidade da Escola Augusto Ruschi e a permanente abertura à discussão também são pontos fundamentais que todos os colegas, que pela conjuntura se revesem nas funções transitórias da direção da escola, devem ter como meta.
Professor Fábio Freitas
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