(baseado em panfleto da CTB Educação para a GREVE GERAL DE 14/06/2019)
Assim como a reforma trabalhista, a reforma da Previdência deixa o trabalhador brasileiro ainda mais vulnerável e sem direitos. Todos vão sentir e perceber. Alguns já sentem o avanço das reformas neoliberalizantes e a tendência é de piorar ainda mais a vida dos assalariados na medida em que a exploração capitalista se acentua. Apenas os privilegiados do topo da pirâmide social sairão ilesos ao contrário do que argumenta a propaganda enganosa do governo de extrema direita que nos atormenta. Não é a primeira vez que o governo e a grande mídia tentam enganar a nação. Recentemente a reforma trabalhista, aprovada com a promessa de gerar mais de empregos e retomar o crescimento econômico não mostrou evidências de favorecer a superação da recessão, pelo contrário, o desemprego e a carestia continuam sua marcha crescente atormentando a vida do cidadão que tornou-se mais fragilizado, sem segurança trabalhista e empobrecido.
Ao contrário do que diz a propaganda oficial, a atual Previdência Social impede a economia brasileira de afundar ainda mais ao garantir renda e condições de manutenção e consumo para uma parcela da população que não tem espaço no nefasto mercado de trabalho. Ao contrário do que diz a propaganda oficial, não existe deficit na previdência se a colocarmos no seu devido lugar constitucional que é a seguridade social. E mesmo que houvesse deficit, cabe ao Estado pagar essa conta em nome da superação das desigualdades sociais. Previdência não é para dar lucro, é para dar garantia de segurança aos trabalhadores. Ao contrário do que diz o governo essa reforma não vai “capitalizar” mais a Previdência, pois retira do Estado e dos empregadores a obrigação de contribuir com ela e joga toda o ônus de patrocinar sua aposentadoria ao trabalhador. Por último, a reforma da Previdência ao contrário do que dizem seus defensores, não vai favorecer a geração de empregos, muito antes pelo contrário, aumentando o tempo de trabalho prejudica o acesso ao emprego pela vacância criada pelos aposentados.
A luta histórica do movimento sindical, inspirado no pensamento socialista, é de redução da jornada de trabalho para que a classe trabalhadora possa usufruir da evolução tecnológica da humanidade e não ser esmagado por ela. Redução da jornada de trabalho diária, semanal, anual e portanto também a redução do tempo de trabalho para a aposentadoria. Se as novas tecnologias aceleram o tempo da produção, então todos precisamos trabalhar menos para produzir o mesmo. O incremento tecnológico com o aumento do tempo de trabalho só gera superprodução, consumismo, desemprego e concentração de renda. Essa é a lógica capitalista escondida nas teses dos defensores das reformas neoliberais e nas políticas de austeridade econômica. Como dizia lênim:
“Enquanto o capitalismo for capitalismo, o excedente de capital não é consagrado à elevação do nível de vida das massas do país, pois significaria a diminuição dos lucros dos capitalistas”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui: